Juniorização no marketing ainda é problema, mas tem solução

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Os problemas relacionados à juniorização no marketing são recorrentes, mas podem ser contornados. A contratação de jovens profissionais para altos cargos é um fenômeno do século XXI que se mantém contínuo e traz, ao mesmo tempo, vantagens e impasses. A capacitação e o treinamento são uma luz no fim do túnel para que erros básicos que custam milhões às empresas sejam menos frequentes.

As novas gerações trazem consigo energia e motivação para atender à rapidez nos ciclos de negócio e são muito valorizadas pelas companhias. Grande parte das áreas vê com bons olhos a disposição dos mais novos em cumprir metas e tomar decisões de risco, mas no marketing a necessidade de proatividade e inovação é ainda mais latente. Por trabalhar constantemente com a importância do “pensar fora da caixa”, esse é um setor que costuma abrir espaços ainda maiores para os jovens.

Pessoas com pouca idade que atuam em marketing normalmente não têm tanta experiência, mas são antenadas e ambiciosas e mostram potencial para boas ideias em pouco tempo. “Os recém-formados são reconhecidos muito cedo porque têm características fundamentais como criatividade e dinamismo”, avalia Daniela Ribeiro, gerente sênior das divisões de engenharia e marketing & vendas da Robert Half.
Jovialização X juniorização
A entrada cada vez maior de profissionais novos em gerências e diretorias traz vantagens, mas também muitos obstáculos. A pouca experiência somada à falta de humildade e paciência são uma equação perigosa quando presentes em tomadores de decisão. “A jovialização é importante pela questão da renovação, mas quando falamos em juniorização, tentamos mostrar um pouco que existe certa arrogância em alguns jovens”, explica Kito Mansano, presidente da Associação de Marketing Promocional (Ampro).
Ao mostrarem capacidade para trazer novidades, eles são reconhecidos rapidamente e assumem cargos importantes. Mas acabam pulando posições e queimando etapas importantes para sua formação. Muitos assumem responsabilidades sem experiência para liderar processos e sem maturidade e calma para fazer escolhas.
A Geração Y é, de modo geral, ambiciosa, impaciente e exigente. Segundo um levantamento da Page Personnel de 2011, a maioria dos jovens se diz preparada para ser chefe. Dos 200 entrevistados na faixa entre 26 e 30 anos, 60% afirmaram estarem prontos para subir de função. Essas características ajudam a dar ritmo aos negócios, mas podem ser um tiro no pé. “Muitos erros em campanhas surgem pelo profissional ser ingênuo e júnior ao tomar uma decisão. Esse é um tema que precisa ser debatido porque continua atual”, destaca Danielle Martins, gerente da Page Personnel.

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