Crítica - A Invenção de Hugo Cabret (Livro x Filme)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012


          O livro “A invenção de Hugo Cabret” foi escrito por Brian Selznick, autor premiado em muitas de suas obras, com este livro ganhou em 2008 a Medalha “Caldecott” que premia o melhor ilustrador do ano. Suas principais obras são Menino de mil faces, A caixa de Houdini, O Rei Rodô e A Invenção de Hugo Cabret. O livro foi publicado originalmente em 2008 e no Brasil já existe 2 edições do livro.
          O livro que se passa nos anos 30 na França conta a história de um menino chamado Hugo Cabret, após a morte de seu pai passou a morar com seu tio em uma estação de trem, onde fazia a manutenção dos relógios. Após a morte de seu tio Hugo foi obrigado a manter os relógios funcionando e fazendo pequenos furtos para se alimentar.
           Antes de morrer seu pai encontrou no museu em que trabalhava um Autômato quebrado e junto com Hugo começou a concertar, após seu pai morrer acabou achando o Autômato no meio dos escombros do museu que pegou fogo.
           Após viver algum tempo só, sem pai e tio Hugo tinha apenas um objetivo, concertar o Autômato para descobrir uma suposta mensagem deixada por seu pai. Para concertar o brinquedo Hugo usava peças roubadas de uma loja de brinquedos e um pequeno caderno feito pelo pai, mas logo foi capturado pelo dono da loja que tomou o caderno de suas mãos. Hugo ficou desesperado, mas o senhor não devolvia enquanto ele não falasse quem tinha feito aquele caderno, mas Hugo não contava.
           Na tentativa de achar seu caderno Hugo acabou conhecendo Isabelle que era sobrinha do dono da Loja, com o aumento da amizade Hugo e Isabelle fizeram o Autômato funcionar, mas o que Hugo e Isabelle não sabiam era que por trás do Autômato tinha outra grande história.
           O filme “A invenção de Hugo Cabret” desde o inicio já prometia ser diferenciado, o diretor do filme Martin Scorsese apesar de conhecido como “o maior diretor americano vivo” nunca ganhou um Oscar em sua carreira, no ano de 2012 ganhou em 5 categorias, Melhores Efeitos Visuais, Melhor Direção de arte, melhor edição de som, melhor mixagem de som e melhor fotografia mas perdeu como melhor filme.
           O diretor do filme quando jovem quase virou padre e isso fez com que seus filmes tivessem histórias baseadas na religião, alguns críticos chegaram a duvidar sobre sua primeira obra em 3d.
         Com 531 páginas o livro tem muitas ilustrações,  isso faz com que o livro se torne uma leitura simples, mas com um alto poder de imaginação. Primeiro fiz a leitura do livro e depois assisti ao filme, a sensação foi como se já estivesse assistindo o filme por isso o filme acaba sendo monótono.
        Martin Scorsese fez questão de fazer às cenas do filme idênticas as imagens do livro, esse foi um filme que foi realmente baseado no livro, mas por outro lado deixou um filme “reprise” para quem já leu a obra, outro fato curioso foi às falas dos personagens, quando prestamos atenção podemos ver/escutar falas idênticas do livro.
        Apesar desses pontos mencionados as duas obras são fantásticas, no livro contém as ilustrações de Brian Selznick e no filme as animações deram um toque diferenciado na obra. Caso você ainda não tenha assistido ou lido o filme aproveite essa bela oportunidade.


Por: Rafael Koshima

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